quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Thomas Robbes - Leviatã

O ESTADO

Thomas Hobbes nasceu na Inglaterra em 1588, vindo de uma família pobre, teve ajuda de um tio que lhe bancou os estudos.  Hobbes estudou Lógica e Física e admirava Geografia e Astronomia, mas foi pela Retórica seu entusiasmo. Além de estudar idiomas estrangeiros, sua base literária era dos historiadores clássicos, se interessou por razões do homem e pela política. Sua primeira obra literária a tradução da Guerra do Peloponeso, indicaria o que seria sua principal obra de destaque, Leviatã.

Hobbes discute que não há um consenso para a humanidade viver socialmente em paz, os homens estão interessados muito mais viver as custas dos seus próprios interesses, as pessoas buscam dignidade e honra que não há em sua maioria, causando as divergências e surgindo a inveja e o ódio, suscitando enfim as guerras. Hobbes faz um comparativo com as abelhas e as formigas, são criaturas que vivem socialmente politicas sob a visão de Aristóteles. Elas não tem outro rumo a não ser seus próprios juízos particulares e não possuem senso do que é considerado o que possa ser bom em comum.

Os homens julgam-se seres uns mais sábios que os outros, mais capazes que os outros para exercer o poder Público, agem de forma própria e defendem a sua maneira reformas e inovações, resultando em divergências políticas e levando o país à guerras civis. As  pessoas costumam impor o que é certo ou errado umas para as outras e estabelecem o seu juízo de valor sob o que consideram o bem e o mal, despertando aos indivíduos descontentamento e infelicidade. 

O homem tem satisfação em demonstrar sua sabedoria e tem a tendência de questionar as ações do outro, isto implica em avaliar constantemente a maneira em que é governado através do Estado. O pacto feito entre os homens aparentemente natural, porém observa-se a necessidade de muito mais que isso, para ser duradouro deve-se haver um acordo, é preciso um poder em benefício comum e que seja respeitado. A única forma para traduzir esse acordo de poder é transmitir a um homem ou a uma assembleia essa representatividade, afim que a mesma expresse a pluralidade por meio de votos. Equivale dizer que toda essa representação através de uma única pessoa tem o poder de decisão sob todos os atos das vontades das pessoas, diz respeito à paz e segurança de um país. Torna-se um pacto, como se cada um dissesse sim, autorizando todos os atos para o poder de decisão, uma multidão representada em forma de Estado. Ao poder que é concedido a cada um no Estado, o uso da força e poder traduz as vontades de todos para defender a paz do seu próprio país e contra aos inimigos estrangeiros. Aquele que é designado pelo Estado chama-se Soberano e possui Poder Soberano, os restantes são chamados de súditos. 


O poder Soberano tem duas vertentes, um é natural, em que o pai de uma família tem sua autoridade sobre seus filhos e o outro é quando os homens em comum acordo ou em uma assembleia decidem com a expectativa de serem protegidos contra os outros. Este tipo de representação tem o nome de Estado Político ou Estado por instituição, o poder da família pode ser chamado de Estado por aquisição.

Bibliografia
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e
civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril
Cultural, 1983.

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