sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Príncipe de Valência

Alcazar de los Reyes cristianos Córdoba 
No ano de 1099 na cidade de Valência, costa leste da Espanha, morreu um homem que se tornou uma lenda para os espanhóis, se trata de Rodrigo Díaz que ficou conhecido como El Cid.
Cid deriva-se da palavra árabe sayyid, que significa ¨senhor¨ ou ¨amo¨, termo usado para aqueles de linhagem com descendência do Profeta, também como título de cortesia em alguns lugares de língua árabe até hoje. 

No tempo de Rodrigo Díaz, século X na Espanha, havia outros chefes importantes, mas o único como herói nacional de Castela era El Cid, lutou em guerras tanto para cristãos como para muçulmanos. Rodrigo era um soldado profissional e ganhava a vida como mercenário, sendo muito bem pago para isso.  
De origem na aristocracia de Castela, prosperou e foi governante de um principado que ele mesmo conquistou em Valência. 

O historiador medievalista moderno, Ramón Menéndez Pidal, contribuiu muito para a história espanhola o que se refere ao estudo de El Cid e sobre a Idade Média espanhola, na Europa e da Cristandade. 

Mesquita em Córdoba
Grande parte da Península Ibérica tombou sob o controle Islâmico no século VIII, o surgimento de uma sociedade distintamente islâmica na Espanha foi gradual. É possível que um milhão  de imigrantes tenha se estabelecido na Espanha no decorrer daquele período na colonização que se seguiu a conquista, a minoria árabe tomou para sí todos os territórios mais ricos do sul. Em 740, os bárbaros se rebelaram contra os árabes e uma guerra civil eclodiu, as lutas duraram vinte anos seguidos.

Torres de Quart Valência 
Sob a lei islâmica, cristãos e judeus foram tolerados, as comunidades cristãs que continuaram a viver sob o domínio islâmico em al-Andaluz, eram conhecidos como moçárabes. No século IX, um certo número de moçárabes cristãos de Córdoba, preocupados com a crescente atração pela cultura árabe e pela fé islâmica, buscou de forma deliberada, insultando em público o Profeta e seus ensinamentos. As conversões contínuas seguidas da integração gradual dos convertidos à condição plena de crentes sob a lei islâmica, foram uma das principais bases sobre as quais repousava o poder crescente dos amires de Córdoba. 

Riqueza artística al-Andaluz
O crescimento demográfico impulsionado por uma base agrária florescente, explica as populosas cidades de al-Andaluz e suas dinâmicas econômicas. Córdoba  tinha quase a metade de Bagdá que à sua época, era provavelmente  a maior cidade do mundo no século X, o que teria colocado lado a lado com outras grandes cidades do mediterrâneo, Constantinopla, Palermo e Cairo. Aquele era um mundo de cidades em rápida expansão, entre as indústrias de al-Andaluz, era impressionante a riqueza nos trabalhos chamados artigos de luxo, têxteis, marfim, cerâmica, trabalhos em metal, madeiras finas e produtos em couro. 
Na vida cultural assim como a política era centralizada no século X e X!, a retirada da mão-de-ferro que tentava direcionar todos os esforços políticos artísticos para Córdoba liberou um surto de energia criativa para as províncias. Por um acaso feliz, as condições eram propícias a um florescimento da arte no Islã espanhol como jamais havia ocorrido antes e nunca ocorreria depois. 


El Cid por todos seus feitos e batalhas conquistadas, determinado  e altivo, terminou seus dias como príncipe independente de Valência sendo o homem mais famoso da Espanha, um herói. 

Ref.Bibliográfica
FLETCHER,Richard.The Quest for El Cid.São Paulo:Unesp,2002.

Fonte inconográfica
Maria Aparecida Massoni