terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fazer Arte em sala de aula


Nosso cotidiano está formado por várias representações visuais através da mídia, propagandas, folhetos explicativos, fotografias, imagens da internet, jornais, revistas, enfim, um universo muito vasto. Todas essas representações são maneiras de interpretar o tempo e o espaço à partir de culturas e diferentes ideologias. Tudo é criado dentro de determinadas concepções, as cores e formas escolhidas para representação de uma imagem,vem da cultura que lhe dá sentido a uma tradição ideológica.

A arte é parte do material cultural, cria sentido para o cotidiano e transcende a realidade para a imaginação do indivíduo. Para contextualização em sala de aula, o termo artes visuais substitui a denominação artes plásticas e amplia a concepção que compreende as belas-artes por compreender várias manifestações visuais como: desenho, pintura, escultura, gravura e artes gráficas, vídeo, cinema, televisão, grafite e animação. Dessa maneira, em sala de aula deve-se aplicar diferentes linguagens. Na historiografia, a criação artística tem o destaque o desenho e a pintura, porém, devemos ampliar essa manifestação e incorporar novos significados sem abandonar a tradição artística.


O processo de criação em sala de aula, parte de diferentes saberes por parte dos alunos, dos professores, da sociedade, da tradição. Ao criar, não há limite rígido entre um aluno que sabe e outro, sugestões de colegas, o que foi visto na internet, televisão ou alguma história contada, tudo serve como contribuição para criar. Dentro de uma diversidade cultural, deve-se fazer as avaliações das produções realizadas, a questão do gosto, do belo é subjetivo ao olhar de cada um, o professor que obtém o conhecimento do objeto, deve orientar e incentivar nos processos de aprendizagem do aluno afim que ele investigue, explore e sinta-se estimulado na questão da reflexão do objeto. Com isso, o professor impulsiona todo o processo criativo dos alunos, questionando idéias, sugerindo leituras, pesquisas e apontando caminhos para o conhecimento.


Referências
PEREIRA,Kátia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula.São Paulo:Contexto,2007.
Fonte iconográfica

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pirâmides do Egito


A função que a pirâmide exercia era de abrigar e proteger a múmia do Faraó e toda a sua fortuna e pertences em jóias, objetos pessoais e materiais dos saqueadores de túmulos. Por esse motivo, as pirâmides teria que ser erguida em lugar de difícil acesso e sua construção bem resistente e protegida.
Os engenheiros, que deviam guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das contruções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados. As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo.  



Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, milhares muitas vezes, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide.



Referência 
JOHNSON,Paul.História Ilustrada do Egito.São Paulo:Ediouro,2002.
Fonte iconográfica

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Arte de rua

O homem a muito tempo sente a necessidade de expor suas emoções através da arte, seja através do desenho, pintura, escultura e etc. No período Pré-histórico até a atualidade, o homem comunicava-se através de desenhos e pinturas em grutas e rochas, na Grécia antiga, era costume deixar recados em muros nas praças públicas, e desenhos da figura humana retratando o cotidiano das relações sociais.


Em meados de 1960 e começo de 1970 na cidade de New York e em Berlim na Alemanha, iniciou-se um movimento cultural chamado Hip-hop, o intuito de protesto e transgressão, tem como objetivo através da arte a manifestação do direito político e social. Mais tarde surgiu outra forma de protesto através  da pichação, o lambe-lambe, Stencil e o Sticker.

De um lado, por ter suporte o meio ambiente urbano, podemos comparar e até vincular a tradição das pinturas rupestres e dos murais na antiguidade, mas o que os difere é justamente as características do ato de contestar e transgredir para esses grupos que geralmente são jovens chamados de Tribos.

A partir dessas manifestações consideradas como Arte onde são pintadas, desenhadas , rabiscadas em paredes, monumentos, casas, prédios e outras construções, podemos dizer que a cidade se torna parte de um documento histórico a céu aberto, registrando a construção de um momento social e seus conflitos.
Neste momento a arte é parte integrante no cotidiano da cidade, endendê-la em suas diversas linguagens e de que forma o homem expressa seus pensamentos e a sociedade em determinada época é parte de uma comunicação marginalizada e muitas vezes ignorada.A manifestação que ocorre nas ruas e praças a alcance de todos, vista e feita por qualquer um, é um caminho para a busca da democratização da arte, tornando a cidade uma galeria.








Referências
ARCE, José Manuel Valenzuela. Vida de barro duro: cultura popular juvenil e grafite. Rio de
Janeiro: Ed. UFRJ, 1999.
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1992
LINHARES, Erica Fonseca da Silva. Grafite: arte ou vandalismo? Curitiba, 2004. Trabalho de
graduação (Metodologia da Pesquisa Científica). Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
PROSSER,Elisabeth Serafhim. Arte de rua, caricatura e gravura: critica e política. Anais IV Fórum de pesquisa científica em arte, Curitiba,2006.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Gentileza


Estamos vivendo em mundo onde grande parte das pessoas vivem um egocentrismo de tal forma que passam despercebidas por lugares e esquecem de olhar para o céu, a natureza, enfim, o mais importante, o ser humano... não dão conta das necessidades dos outros e nem se importam mais de praticar ¨gentilezas¨.

Se começarmos a praticar essa palavra mágina ¨gentileza¨ uns com os outros, quem sabe conseguimos viver em um mundo mais humanizado e tolerante, pense nisso e comece a praticar também, não custa nada ceder a frente para uma senhara passar a fila, dar passagem para um motorista na rua, deixar um senhor ou senhora com mais idade se sentar no ônibus....apenas um bom dia! 
 ¨gentilezas¨ que podemos praticar durante o dia que faz a diferença, pense nisso.

domingo, 29 de novembro de 2009

A História das Sociedades

A partir do quarto milênio a.C., surgiu no Oriente Próximo as primeiras civilizações: Mesopotâmia, Egito, Palestina, Fenícia e Persa. Essas civilizações do Oriente desenvolveram-se na região conhecida historicamente como Crescente Fértil, que era limitada pelo vale dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. 
                      
Na formação dos primeiros povos civilizados foi de grande importância o papel desempenhado pelo meio físico-geográfico, clima, vegetação, relevo, hidrografia.  Dentre esses fatores, destacou-se o hidrográfico, que em muito auxiliou o progresso da agricultura, pecuária, comércio e comunicação. Os rios, de maneira geral, contribuíram para a fertilização das terras, com suas enchentes e vazantes periódicas.

Mesopotâmia


Mesopotâmia significa “Entre Rios”, esta região situava-se entre os Rios Tigre e Eufrates, que atravessam o atual Iraque, no Golfo Pérsico.
                       
Esta região foi invadida por vários povos, porque sua localização geográfica possibilitava acesso pelo Mar Mediterrâneo e também pelo Oriente, gerando lutas constantes.
                       
Outra causa das rivalidades na “Tumultuada” história da Mesopotâmia, foi a desigualdade na distribuição dos recursos naturais, pois, no sul encontravam-se terras férteis (boas para plantação) e ao norte somente terras áridas de difícil plantio.
                       
Dentre os povos que dominaram a Mesopotâmia, podemos destacar, os Sumérios, os Acádios, os Babilônicos e os Assírios. Os povos que dominaram a Mesopotâmia basearam-se principalmente na agricultura, pois, os Rios Tigre e Eufrates possibilitavam terras férteis assim como o Rio Nilo no Egito.   
                    
Mesmo dominado por vários povos a organização social baseava-se geralmente na figura do Rei (considerado um Deus). A organização econômica era formada basicamente de atividades agrícolas, comércio, artesanato e pesca. 
                     
A prática religiosa era politeísta (acreditavam em vários deuses), até mesmo as cidades possuíam deuses particulares, por isso, construíam grandiosos templos que serviam também de bibliotecas, armazéns de cereais, observatórios  astronômicos, etc.

Sumérios

Primeira civilização da Mesopotâmia, as cidades mais importantes: Uruk, Lagash, Eridu e Nipur, essas cidades tinham autonomia religiosa, política e econômica. O Chefe Político chamava-se Patesi, os Sumérios são responsáveis pela forma de escrita mais antiga que se tem conhecimento (Escrita Cuneiforme).


Babilônicos

Principal rei babilônico foi Hamurabi, foi ele que elaborou o primeiro código de leis escritas (Código de Hamurabi) baseado no princípio de Talião (Olho por olho, dente por dente).
Outro importante rei babilônico foi Nabucodonosor, que ficou conhecido como  construtor de obras grandiosas, como os Jardins Suspensos da Babilônia.

Assírios

Os assírios anexaram territórios além do limite da Mesopotâmia, como a Síria e o Egito, considerados guerreiros ferozes, os Assírios impunham a dominação pelo terror, onde saqueavam, destruíam e massacravam os vencidos. Este povo foi o primeiro a ter um exército organizado.




Pazuzu, demônio assírio da febre, estatueta de bronze do século VII a.C. Dessas figuras assírio babilônicas provêm as representações judaico-cristãs do diabo. 




Referências:
AQUINO, Rubim Santos.História das Sociedades, das comunidades primitivas á sociedades medievais,Ao Livro técnico,1984.
fontes iconográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pazuzu
http://maniadehistoria.files.wordpress.com/2009/04/mesopotamia1.jpg
http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A SEMANA DE ARTE DE 22 E O MODERNISMO




Oficialmente o movimento modernista brasileiro inicia-se a partir do século XX, com três festivais realizados no Teatro Municipal de São Paulo. Representou um grande paço na arte contemporânea do Brasil, criou-se um novo conceito de poesia através da declamação, inovação na música com concertos, pinturas, esculturas e desenhos arquitetônicos, com correntes estéticas vindas da Europa no início do século.

O evento trouxe a quebra entre o velho e o novo, contantdo com o apoio da nata da sociedade paulista, mas toda essa inovação dispertou interesse e estranheza por parte do público, causando vaias da platéia enquanto Menotti Del Picchia apresentava a intenção e os objetivos do evento. O país naquele momento, vivia uma gradativa industrialização e em particular na cidade de São Paulo. Havia um começo de bem estar, sensação de euforia por parte dos jovens intelectuais brasileiros, por conta das festividades do Centenário da Independência.

A participação dos artistas na pintura contou com a presença de: Di Cavalcanti (autor da capa do trabalho), Anita Malfatti, Vicente Rego Monteiro, Zina Aita, John Graz, Martins Ribeiro, J.F.de Almeida Prado, Ferrignac e Hildegardo leão Velloso. Na volta dos estudos realizados na Europa, a pintora Tarsila do Amaral participa mais tarde ao grupo. Música: compositor Heitor Villa-Lobos, Guiomar Novais como interprete.
Arquitetura: Antônio Moyá e Georg Przirembel.

Toda essa ebulição artística e de cunho intelectual, trouxe positivamente um amadurecimento para as artes nacionais, dispertando os artistas para uma nova ideologia. Porém, Oswald de Andrade foi vaiado, Mario de Andrade, declamou a Paulicéia desvairada, também reprovado por parte da platéia. Anteriormente a Semana de 22, Lasar Segall (1913) e Anita Malfatti (1917), apresentaram suas exposições com severas críticas de Monteiro Lobato no artigo Paranóia ou Mistificação? A reação dos jovens foi imediata ao modelo acadêmico, a cópia, aos hábitos seguidos pela burguesia.

A Semana de arte de 22, com todos os seus contratempos, favoreceu a renovação no sentido nacionalista e configurou em vários movimentos e manifestos importantes rendendo até os dias de hoje o desejo de valorização.


Referências
AMARAL, A. Aracy. Artes Plásticas na Semana de 22.5.ed.São Paulo:Editora 34,1998.336p.Disponível em: <  http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=LHuZVkUgsP8C&oi=fnd&pg=PA9&dq=artes+plásticas+na+semana+de+22&ots=o0wygTAqfP&sig=pqBpDxgLSoO1 > em:5 nov.2009,15:00.

Fonte Iconográfica:Semana de arte de 22,Disponível em : < http://www.dicavalcanti.com.br/dec20.htm > Acesso em:5 de nov.2009,18:00.

PEDROSO,Maria Faria;Bitterncourt,Circe (org.).Dicionário das Datas da História do Brasil.São Paulo:Editora Contexto,2007,304p.Disponível em: < http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=KDxd0XpIXJwC&oi=fnd&pg=PA51&dq=related:DhfmNpAsOW4J:scholar.google.com/&ots=6Yr0bw6cqD&sig=ZbdLI-0ErAvDwRqCVyGNjXcFqPw#v=onepage&q=&f=false > acesso em:5nov.2009,17:00.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Poesia

A poesia é uma das formas de expressão mais intensas e prazerosas que conheço, através dela, vemos o poeta na sua mais pura verdade e transparência, sua alma e seu íntimo...

Lástima

Ah! Se eu pudesse entender
Se em meus olhos estivessem você
Como seria belo o amanhecer!

Noites, noites e noites
Tanta escuridão, almas e aflição
Se o dia chega e a luz traz
A vida se faz

Ah! se eu pudesse entender
Que mistério separa o eu de você
Que clarão não me faça ver
Se a escuridão é em mim ou em você

Lastima-se o tempo perdido
Lá se vai mais um bramido
Murmúrio, murmúrio, alarido
Moças à procura de marido
Porque andas, assim, tão sumido?

MOREIRA,Maria.Objetivo Indefinido.São Paulo:All Print,2009.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O escritor Rubem Alvez faz uso de uma importante comparação com referência a profissão de professor: pode ser comparado a um eucalipto.
Explica que os eucaliptos são aquelas árvores previsíveis, plantadas em série, com o objetivo de ¨cobrir¨desmatamentos perpretados contra a mata verdadeira; e que são iguaizinhas umas às outras: o mesmo padrão de troncos, o mesmo tamanho das folhas, a mesma disposição dos galhos, tudo igualzinho.¹


O educador, porém, é diferente! Ele é comparado ao jequitibá, aquela árvore frondosa, de galhos fortes e retorcidos de uma maneira especial, e que nasce sozinho, sem ninguém precisar plantar, bem lá no meio da mata. Existe um jequitibá aqui, outro acolá... nada de plantação padronizada, nada de jequitibás em série. Nenhum deles é igual aos outros, mas todos são bonitos, fortes e frondosos.²Podemos dizer, concluindo, que o professor consciente, cuidadoso, eficiente e criativo é o educador comparado ao jequitibá.


¹ Alves, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar.São Paulo: Cortez,1987,p.9-26.
² Ayres, Antônio Tadeu.Prática Pedagógica competente:Ampliando os saberes do professor.Petrópolis,RJ:Vozes,2004,p.19-20.